quinta-feira, 10 de agosto de 2017

AUTÁRQUICAS POR PERTO


Passo por ele todos os dias na Cidade, mas hoje acabei por não resistir a fotografá-lo. Quem sabe se para mais tarde recordar? Pergunto-me se o meu colega Álvaro Almeida se sentirá confortável com a estratégia de campanha que lhe vai sendo montada. Interrogo-me sobre se o meu colega Álvaro Almeida acha mesmo que reivindicou a Agência Europeia do Medicamento e que, por isso, o Porto ganhou. Questiono-me quanto ao modelo de descentralização que o meu colega Álvaro Almeida defende e quanto à noção que ele tem da matéria e daquilo de que verdadeiramente se deve tratar.

Confesso que já tinha ficado razoavelmente incomodado com o cartaz imediatamente anterior a este, aquele em que o candidato da coligação PSD-PPM no Porto se apresenta como aquela pessoa que é apoiada por Rui Rio, Paulo Rangel e Aguiar Branco. E mesmo percebendo que ele se sente fragilizado pela sua escassa notoriedade e que assim pretende apontar referenciais que melhor o localizem, por alma de quem é que alguém, e o meu colega Álvaro Almeida designadamente, aceita ser identificado e definido de tão paupérrimo e desvalorizante modo?


Devo notar que também não ignoro que foi considerado muito polémico, e por alguns até de mau gosto, o cartaz do candidato do PS ao Porto. Pessoalmente até tendo a discordar de tais críticas (que colocaria mais na artificialidade dada à foto escolhida), mas a eventual dimensão “traiçoeira” do “Fazer Pelos Dois” não pode nunca ser encarada como equivalente às inconsistências/incongruências primárias do candidato que se apresenta em nome de um “Porto Autêntico”. Já agora, aproveito até para sublinhar que a composição da lista de Manuel Pizarro, ontem conhecida, se revelou uma boa surpresa pela sua abertura e significativa incidência em termos de qualidade.


Concluo salientando ainda que o tema que acima afloro me incomoda especialmente pela proximidade pessoal que de há muito existe entre mim e o protagonista político em apreço. Mas tal incomodidade pouco ou nada tem a ver com a disseminação de “tesourinhos deprimentes” que por esta altura pré-eleitoral acontece por essas estradas e ruas fora – ora, e aproveitando o ensejo de estar com a mão na massa, distingo de seguida aquele que, de entre os muitos com que já me deparei, será o cartaz que mais me encheu as medidas na referida categoria: o do candidato do PS a Ovar, uma personalidade que não tenho aliás o gosto de conhecer e de que não tenho a mínima razão de dúvida quanto às suas convicções socialistas e paixão ovarense...

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