Prossegue nos Estados Unidos a novela mais absurda e perigosa dos nossos dias. Acima, cinco capas para cinco dias representativos daquela que é apenas a última tropelia e incoerência de um inclassificável Trump: perante os graves incidentes ocorridos na Virgínia, e depois de dois dias de silêncio, um terceiro a ceder a pressões no sentido de que fizesse uma crítica ao racismo, um quarto em que volta atrás e responsabiliza “as duas partes” e um quinto de unanimidade interna e internacional contra um presidente que manifestamente não possui os mínimos civilizacionais para a função que desempenha e que é cada vez mais refém de uma alt-right que tem no seu assessor Stephen Bannon um expoente incontornável. Quando até já os Bush, pai e filho, vêm a terreiro declarar conjuntamente o seu repúdio... – vejam-se só os respetivos e lapidares termos: “America must always reject racial bigotry, anti-Semitism, and hatred in all forms” e “As we pray for Charlottesville, we are all reminded of the fundamental truths recorded by that city's most prominent citizen in the Declaration of Independence: we are all created equal and endowed by our Creator with unalienable rights”.
(Jean Plantu, http://lemonde.fr)
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