quinta-feira, 10 de agosto de 2017

MAS QUE JUSTIÇA E QUE CONCELHO!




(Trata-se da ironia mais trágica que por aí anda, mas, com origem em município que sempre andou na onda de alguma modernidade ou que pelo menos se reivindicava de tal, uma controvérsia de Vistas curtas traz-nos o que de pior se passeia pelo universo da justiça  …)

Que a política local é pródiga nestas derivas, todos o sabemos já há muito tempo. Que a disputa Isaltino versus Vistas (aparentemente curtas e sem charuto) aconteça numa Oeiras que sempre disputou, pela função residencial e por algumas implantações de serviços, uma espécie de extensão da modernidade lisboeta já é ironia da mais pura, sugerindo que o verniz da modernidade é fraco. Que a entourage de Isaltino que vai aparecendo pelas televisões tem requintes de sinistro também não me espanta por aí além. Mas que a justiça apareça misturada nesta porfia, mata e caça, com requintes de truquezinho barato e relações de padrinho-afilhado é ironia de mais. Bem sei que aves raras não fazem a dignidade de uma profissão, mas para quem como classe se reivindica da superioridade moral na sociedade portuguesa, este senhor Juiz Nuno Cardoso promete um longo curriculum.

No meio de todo este arrazoado de pequenas diligências judiciais, duvido que o cidadão de Oeiras, recém chegado ou residente há mais tempo, deve ter dificuldade em destrinçar uma ideia relevante que seja, não interessa se daquelas mais tarde ou mais cedo lhe irá ao bolso ou que lhe massaja o ego e honra de ali residir. E lá se vai a modernidade da imagem pela sanita abaixo, com charuto ou sem charuto.

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