domingo, 15 de julho de 2018

CONTEMPLAR, SIMPLESMENTE



(A VOZ de GALICIA dá-me conta de um deslumbramento digno de um paraíso proporcionado por 3.000 golfinhos passeando pela costa galega junto às ilhas Cíes.)

Por estas paragens transfronteiriças do Alto Minho e da Galiza mais próxima, as Islas Cíes são uma dádiva da natureza. Para os cidadãos com consciência ecológica mais estruturada, não é sem hesitação que se reserva bilhete e se toma o barco do Vigo para destino tão aprazível. É que qualquer um, minimamente sensível, sabe que vai invadir um paraíso natural, cuja melhor forma de preservação será evitar o mais possível concentrações humanas como as que em qualquer fim-de-semana estival acabam por produzir-se, por mais esmerado (nem sempre o é) que seja o esforço de domesticar e regular as cargas de visitantes.

Dizia-me há anos o Pedro Quintela, que passou uns dias no campismo permitido em tal espaço, que a sensação de silêncio que fica a pairar no ar após a partida do último barco e à medida que se vai perdendo o ruído da massa humana que se afasta no barco é de estarrecer o menos sensível, rendidos que ficamos ao reequilíbrio do silêncio.

Pois deve ser essa avaliação que os 3.000 delfins registados pelo Instituto para o Estudo dos Golfinhos, com sede no O Grove, enquanto se passeavam pelas águas cristalinas das Cíes e que a Voz de Galicia nos dá conta na sua versão on line (link aqui).

Vejam o vídeo de tal manifestação de equilíbrio no movimento, em perfeita harmonia com a beleza das águas, e imaginem-se nas Cíes a contemplar essa mais pura manifestação dos valores da natureza mais sublime.

Bom domingo.

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