Defeito meu, certamente, mas não tinha Split na conta de uma urbe assim. Um “assim” que vai ao ponto de a fazer entrar diretamente no meu melhor top ten de cidades no mundo e no top five das minhas escolhas europeias. A Cidade Velha, secularmente adaptada em camadas a partir do palácio que o Imperador Diocleciano construiu para gozo de aposentação, é uma joia rara e imperdível. Sem desprimor para as outras duas grandes pérolas da costa da Dalmácia, Dubrovnik, mais a sul, e Zadar, mais a norte, indiscutivelmente extraordinárias. Mas Split tem mais escala – sempre é a segunda maior cidade croata – e uma localização relativamente mais simpática, depende ligeiramente menos do turismo – tendo também beleza natural para dar e vender, entre montanhas e ilhas e praias magníficas (e com areia) –, tem igualmente uma história riquíssima – que apenas nunca atingiu o estatuto de cidade-estado que teve Dubrovnik sob o domínio bizantino – e conta com o seu querido Hajduk – curiosamente fundado em Praga no início do século XX por jovens locais deslocados por razões de estudo – para ir dando luta ao centralismo do Dínamo de Zagreb. Admito a fragilidade de uma visão distante de possíveis verdadeiros problemas, mas que foi caso para momentos de fascínio lá isso foi...
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