quarta-feira, 18 de julho de 2018

CONVERSA ACABADA


Cada tolo tem as suas manias e não adianta combatê-las. Uma das minhas foi, desde sempre, a dos balanços através de estatísticas e similares. A esse nível, o Mundial da Rússia proporcionou-me motivos vários de interesse, o que este post sinteticamente procura ilustrar. Dado que futebol começa por ser matéria de golos, destaque para a equipa mais ofensiva, a Bélgica com 16 golos (França e Croácia apontaram 14).

Já em termos de prémios individuais, tivemos a atribuição pela FIFA de galardões a Luka Modrić (melhor jogador, com Eden Hazard em segundo lugar e Antoine Griezmann em terceiro), Kylian Mbappé (melhor jovem), Harry Kane (melhor marcador, com seis golos, dois à frente de Antoine Griezmann, Kylian Mbappé, Romelu Lukaku, Denis Cheryshev e Cristiano Ronaldo) e Thibaut Courtois (melhor guarda-redes). Prémios que batem, no essencial, certo com as nomeações que foram sendo feitas para melhor jogador de cada partida – vejam-se abaixo os nove que o foram mais do que uma vez, tendo sido quatro os magníficos que o foram três vezes (Griezmann, Modrić, Kane e Hazard). No cruzamento destes conjuntos teríamos assim encontrado um onze que até poderia ser considerado o onze do torneio, não fora o facto de os defesas estarem de fora por serem tendencialmente preteridos em favor daqueles que desempenham funções mais ofensivas.

Avanço, então, para a escolha de um onze. Dos que fui conhecendo por parte da imprensa dita especializada, e procurando não ser demasiado “politicamente correto”, acabei por me sentir conduzido a aderir ao essencial das fundamentadas opções do “Globo” (ver mais abaixo). Com três ou quatro alternativas que acho que também não destoariam: aceito Pickford mas aceitaria igualmente Courtois, compreendo os centrais Thiago Silva (este depois do trauma de 2014, desta vez ao lado de um excelente Miranda) e Yerry Mina mas não enjeitaria a dupla francesa (Varane e Umtiti) ou a uruguaia (Giménez e Godín), admito a falta explícita de laterais mas não me repugnariam presenças como as de Meunier e Trippier à direita ou de Marcelo e Lucas Hernández à esquerda, percebo Cheryshev como um oásis no relativo deserto russo mas preferiria a classe Philippe Coutinho ou Kevin De Bruyne (ou mesmo de Pogba), gosto da indicação de Lukaku em detrimento de Harry Kane. Termino com uma nota curiosa que sublinha a escolha pelo “Globo” dos que mais dececionaram (concordando na generalidade, penso que também aqui se poderiam arranjar algumas boas/más alternativas), nos termos da ilustração que encerra este post. E pronto, conversa acabada.






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