quarta-feira, 25 de setembro de 2019

A REVISÃO DO PIB E O SOLISTA


O INE divulgou os resultados da revisão quinquenal da sua série de contas nacionais, sendo de salientar que a nova série do PIB se traduz num significativo salto das nossas taxas de crescimento de 2017 e 2018 (de 2,8% para 3,5% e de 2,1% para 2,4%, respetivamente) e em inerentes reflexos de subida do posicionamento nacional na ordenação dos países europeus (de 17º para 13º e de 21º para 19º, respetivamente). A reavaliação do PIB em quase dois mil milhões de euros é, obviamente, muito relevante, e é-o ainda mais por provir largamente de revisões em alta do investimento e das exportações, tendo ainda implicações sobre vários indicadores que têm estado no centro dos debates políticos recentes (da carga fiscal ao peso da dívida). E foi um ministro das Finanças em excelente forma – forma essa que, aliás, também se tornou evidente na sua entrevista dominical a Maria João Avilez – que se referiu a esta “pequena revolução” num almoço-debate ocorrido na Fundação AEP (Porto), acrescentando a estes indicadores toda uma panóplia de outros bem elucidativos quanto à sua leitura convicta, e a vários títulos convincente, da robustez que atualmente se vai apoderando da economia portuguesa – matéria que sobeja para um outro post.

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