segunda-feira, 16 de setembro de 2019

AÍ ESTÁ A CAMPANHA!


A campanha está a começar mas o resultado é generalizadamente dado por adquirido. E as sondagens divulgadas por estes dias parecem confirmá-lo ao indicarem uma possível (ou provável?) maioria absoluta para o Partido Socialista. Neste comprimento de onda, já anda muita gente por aí a designar António Costa por “pai da Pátria”, embora tenha sido Clara Ferreira Alves a esgalhar a melhor descrição da situação em presença: “Ele é o Sol e o protetor solar”.

Dito isto, e numa perspetiva muito pessoal, mantenho a minha ideia de que ainda está bastante por jogar, por um lado, e de que existirão surpresas de alguma monta, por outro. Não haverá por aí mais escândalos a explorar ou alguns coelhos relevantes a tirar das cartolas? Sendo que o “coelho” Centeno para que se inclina a sondagem do “Expresso” (“quase tão popular como o primeiro-ministro”) se me afigura altamente duvidoso como grande trunfo eleitoral. Além de que ainda assistiremos a reações desesperadas (caso do PCP/CDU, por exemplo) e temo que cada vez mais a contributos para a desinformação e o voto desqualificado que leve a um estranho e grande resultado do indigente partido que é o PAN e a alguns bons números para outros predominantemente contraditórios ou nada fiáveis (do “Aliança” ao “Iniciativa Liberal”, para não falar da indecente coligação “Basta!”).

Entretanto, e já amanhã, teremos dois momentos que apontam numa direção mais desordenada: a sondagem do JN/TSF, segundo o coscuvilheiro-mor do Reino menos favorável ao PS e mais sugestiva de indecisões em crescimento, e o debate entre Costa e Rio, que nenhum pode perder por razões obviamente diferentes para cada qual (sendo que Rio parte em desvantagem, a crer em elementos avançados naquela dita sondagem segundo os quais perde com Costa em todos os items comparativos das respetivas caraterísticas pessoais). Depois, e como ainda faltam três semanas para as urnas, é preciso ter calma e muito nervo, preferencialmente a par de algum golpe de asa estratégico – porque os que votam estão longe de ser tão parvos quanto às vezes querem fazer deles...

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)


Um complemento matinal que vem confirmar o atrás dito a propósito de uma difícil maioria absoluta:

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