terça-feira, 21 de março de 2017

A BESTA DO DIJSSELBLOEM




(Acossado por um resultado eleitoral que colocou os trabalhistas holandeses nas margens da irrelevância, o Presidente do Eurogrupo tenta obter a anuência do carroceiro Schäuble, insultando as economias do sul da Europa, o que é sintomático do grau de indigência a que o socialismo europeu chegou …)

O comportamento besta de Dijsselbloem, insultando gratuitamente os países devedores da Europa do sul, contrastava hoje de forma aterradora com aquele sorriso subserviente do ministro das Finanças Centeno que, implacáveis, as imagens de arquivo vão glosar até à exaustão nauseabunda.

A personalidade do ministro das Finanças holandês, estima-se que não por muito tempo, é a melhor ilustração para incauto e desprevenido do estado deprimente e do grau zero a que chegou a social-democracia europeia, até agora tolerada, mas que com este insulto gratuito, não desmentido e não merecendo, aparentemente, qualquer pedido de desculpas, não poderá ficar impune. Estou para ver a posição que os nossos deputados europeus vão assumir nesta matéria e se há alguma réstia de vergonha naquelas cabeças.

A direita tipo Observador clamará entusiástica que a afirmação do franjinhas holandês segunda a qual “quem pede tem deveres” revela coragem, cada vez mais alinhada com a filosofia dos credores europeus, pois os cavalos que se perfilam para as suas apostas anunciam resultados pouco retribuidores e mais vale alinhar com quem manda.

É nestes momentos que falta algum anarquismo radical pois esta esquerda aproxima-se perigosamente do que os castelhanos classificam com muita graça de jiripollas.

Dijsselbloem parece querer reinventar a guerra calvinista contra os indisciplinados do sul. O pior é que o ambiente que se vive nas instituições europeias permite estes desmandos. Triste estado a que isto chegou.

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