(Acossado por um
resultado eleitoral que colocou os trabalhistas holandeses nas margens da
irrelevância, o Presidente do Eurogrupo tenta obter a anuência do carroceiro
Schäuble, insultando as economias do sul da Europa, o que é sintomático do grau de indigência a
que o socialismo europeu chegou …)
O comportamento besta de Dijsselbloem, insultando gratuitamente os países
devedores da Europa do sul, contrastava hoje de forma aterradora com aquele
sorriso subserviente do ministro das Finanças Centeno que, implacáveis, as imagens
de arquivo vão glosar até à exaustão nauseabunda.
A personalidade do ministro das Finanças holandês, estima-se que não por
muito tempo, é a melhor ilustração para incauto e desprevenido do estado deprimente
e do grau zero a que chegou a social-democracia europeia, até agora tolerada,
mas que com este insulto gratuito, não desmentido e não merecendo,
aparentemente, qualquer pedido de desculpas, não poderá ficar impune. Estou
para ver a posição que os nossos deputados europeus vão assumir nesta matéria e
se há alguma réstia de vergonha naquelas cabeças.
A direita tipo Observador clamará entusiástica que a afirmação do franjinhas
holandês segunda a qual “quem pede tem deveres” revela coragem, cada vez mais
alinhada com a filosofia dos credores europeus, pois os cavalos que se perfilam
para as suas apostas anunciam resultados pouco retribuidores e mais vale alinhar
com quem manda.
É nestes momentos que falta algum anarquismo radical pois esta esquerda
aproxima-se perigosamente do que os castelhanos classificam com muita graça de
jiripollas.
Dijsselbloem parece querer reinventar a guerra calvinista contra os indisciplinados
do sul. O pior é que o ambiente que se vive nas instituições europeias permite
estes desmandos. Triste estado a que isto chegou.
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