sexta-feira, 31 de março de 2017

A GARANTIA DO TEIXEIRA


Ao ouvir ontem as declarações do meu amigo Fernando Teixeira dos Santos (FTS), com chamada de capa no DN, apeteceu-me ressuscitar aqui a defunta rubrica do “Porque não de te calas?”. Também poderia remeter para um meu post recente em que se deixava no ar uma perplexidade sobre estranhos comportamentos de algumas figuras públicas, no caso com a agravante que se sabe quanto ao complexo papel de FTS naqueles anos de ministro das Finanças.

E o que disse FTS? Cito três das suas principais referências: “É um encargo que os bancos vão ter que suportar nos próximos trinta anos que vai ser repercutido nos cidadãos, nos consumidores de serviços financeiros. Nós vamos todos pagar isto, vamos todos pagar isto, não é?” / “É uma forma de partilhar o risco da operação em 25%. É uma forma também de garantir que o Estado vai suportar, por essa via, aquilo que possam ser as vicissitudes no futuro do Novo Banco. (...) É uma garantia na medida em que o Estado como acionista assume aqui um risco, que pode correr bem ou pode correr mal.” / “Não faz sentido o Estado não ter direito de voto.”

A meu ver, a questão é esta: terá ou teria FTS alguma inside information sobre os termos do negócio em vias de fecho relativamente ao Novo Banco? E se sim, o que não lhe agrada e o que teria ele feito diferente? E se não, para além do que todos conhecemos pelos jornais que é sempre parcial ou truncado, porque veio a terreiro acrescentar ao ruído dizendo coisas improcedentes (ou, pelo menos, pouco fundamentadas e rigorosas), alimentando assim dispensáveis especulações que já temos em dose bastante por esse País fora?

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