Após anos a fio a evitarem encarar de frente as múltiplas e manifestas evidências de crise e desagregação que se lhes iam apresentando à saciedade, os principais e menos irresponsáveis dos responsáveis políticos europeus desdobram-se agora em tentativas de fazerem provas europeístas de vida através daquilo que designam pelos seus contributos visando uma reflexão sobre o futuro. Insere-se nessa linha, e sem prejuízo de os seus cinco cenários merecerem uma mais fina atenção, o “Livro Branco” divulgado no início do mês sob o alto patrocínio do Presidente da Comissão Jean-Claude Juncker. Vai também no mesmo sentido a reunião em prol das várias velocidades que o moribundo Hollande promoveu ontem em Versalhes com a presença de alemães, italianos e espanhóis. Naquele, neste e em outros casos, estamos bem mais certeiramente perante um duvidoso renascimento e uma gigantesca encruzilhada – daí que ou muito me engano ou não iremos passar de fogachos para inglês ver enquanto não houver (e algum dia haverá?) quem ponha o dedo nas verdadeiras feridas que estrangulam e ameaçam de morte o projeto europeu...
(Niels Bo Bojesen, http://www.cartoonmovement.com)
(Rainer Hachfeld, https://www.neues-deutschland.de)
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