sexta-feira, 24 de março de 2017

WHATEVER TRUMP SAYS...


Um gráfico muito curioso da “The Economist”, escrevendo aliás direito por populistas linhas tortas. Com efeito, do dito consta o contributo para o défice comercial americano vindo, ao longo de um período longo de mais de três décadas e meia, das duas grandes potências asiáticas – mostra-se quanto tal contributo era negativo ou irrelevante por parte da China nos anos 80 e quanto ele chegou a ser brutal (atingindo um pico de mais de 60%) por parte do Japão nos anos 90, por um lado, e também quanto ele caiu enormemente desde então (o fator de queda é de seis no último quarto de século) no caso deste último país e quanto ele subiu abruptamente (já rondando os 50%) no caso da China do século XXI, por outro. 

Quanto às populistas linhas tortas, elas provêm da sempre mentirosa demagogia de Trump, em nome de uma ideia simplória de América primeiro. De facto, as acusações de relações comerciais com um Japão predador não passam hoje de uma ilusão sem aderência à realidade e que, alimentada por memórias de um passado já longínquo, visa apenas justificar opções protecionistas. Ainda assim, e enquanto os japoneses lá vão procurando argumentar em sua defesa com tudo quanto podem, incluindo com a evidência de que investem e produzem significativamente em território americano, o fantasma não deixa de pairar impavidamente acima de tudo isso...

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