sexta-feira, 10 de março de 2017

UM ABRAÇO AO FRAGATA


Já tinha podido investigar e chegado à conclusão de que o prestigiado Prof. José Fragata, cardiologista que funciona essencialmente no Hospital de Santa Marta em Lisboa e que por lá tem feito prodígios (como o da melindrosa e bem sucedida operação do meu amigo Augusto Mateus e, agora, o merecidamente badalado primeiro implante de um coração artificial em Portugal), é mesmo aquele rapazinho tímido e pequenote que nos idos de 1963 ostentava o número 29 da turma B do 1º ano do Liceu Normal D. Manuel II (a qual integrava também este vosso amigo sob o número 17). Diz o respetivo termo de matrícula e frequência que o José Inácio Guerra Fragata – um nome dificilmente esquecível – nasceu a 23 de julho de 1953 na freguesia de Alhos Vedros do concelho da Moita do distrito de Setúbal, não tendo eu a mínima ideia da razão que o levava a andar pelo Porto à época mas lembrando-me bem de que vivia na Rua Júlio Diniz (confirmo que no 947 3ºD). O Fragata estava nos melhores da turma – transitou para o ano imediato com média de 14 valores e de 15 a Ciências Geográfico-Naturais –, só bem abaixo dos dois “barras” e hoje professores da FEUP (José Manuel César de Sá e José Manuel Couto Marques) e em disputa classificativa renhida com os outros seis colegas que então mais se destacaram em notas (o José Jaime Carvalho Ferreira, o Pedro Maria Fonseca de Almeida, o Rui Costa Santos, o Antero de Carvalho, o Mário Jorge Coelho Freitas e o Armando Leite, tornados três engenheiros heterodoxos, um até a tender preferencialmente para as engenharias financeiras, um médico, um biólogo e um economista, salvo qualquer erro ou omissão). Algo estranho, mas não propriamente desconfortável, este reencontro com o passado (no caso do dito Fragata, um passado com mais de cinquenta anos depois da última vez já que tenho a ideia de que nos abandonou no ano letivo seguinte e, em consequência, lhe perdi totalmente o rasto) e pouco mais do que virtual...

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