(cartoons de Emilio
Giannelli, http://www.corriere.it)
Confesso que ainda não consegui chegar ao ponto de estabilizar na minha cabeça uma imagem política precisa de Matteo Renzi. Surgiu quase de repente, exuberantemente jovem, frontal na palavra, crítico da “velha política”. Fez várias incursões certeiras e até corajosas pela Europa austeritária dentro, mas foi deixando que as mesmas fossem sendo apagadas por algumas exibições de personalismo e de vaidade em dose excessiva. Depois veio a “loucura” de um referendo constitucional convertido em plebiscito aos seus mil dias governativos e, em invitável sequência, a demissão. Pois ele aí está de regresso, em versão quiçá demasiado rapidamente recauchutada, visando recuperar a liderança do Partido Democrático numas primárias convocadas para 30 de abril. Convenhamos que parece uma estratégia algo errática – o seu rival Bersani chama-lhe “populista de baixa intensidade” – mas os seus fãs e seguidores insistem em que Renzi é portador do carisma e da visão de que a Itália carece para ultrapassar os seus múltiplos e persistentes disfuncionamentos. Veremos...
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