Um fim de semana em que se tem a oportunidade de ouvir a Quinta Sinfonia de Beethoven ao vivo por duas vezes, sob a interpretação da excelentíssima Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, a inigualável direção do maestro Joseph Swensen e os conhecedores comentários de Gabriela Canavilhas, tem sempre de ser encarado como um tempo de paragem e carregamento de pilhas absolutamente privilegiado. Se a tal juntarmos a mudança da hora – que bom é sentir o fim da tarde com luz! – e alguns outros detalhes de natureza mais especificamente pessoal – como a audição da “Invicta Big Band Jazz” e da sua vocalista Marta Rocha naquele Salão do velho Clube Fenianos Portuenses (a celebrar 114 anos) em cujas paredes também terão ficado depositadas algumas memórias surdas das razões que vieram a traduzir-se na minha existência pessoal ou a presença na justa homenagem murtoseira e institucional à longa vida (quase 93 anos) e à intocável carreira militar e cívica do velho pai e avô de amigos muito próximos (refiro-me ao General José Ferreira Valente), quase tudo estará dito quanto ao ar e ao fôlego que pude recuperar nestes dois dias e meio – e quanto estou eu certo de bem ir precisar deles até que chegue essa Páscoa que este ano acumula com o “dia das mentiras”...
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