O processo em torno do Montepio Geral e da sua Associação Mutualista é um verdadeiro caso de estudo de Portugal no seu melhor (ou pior, dependendo da perspetiva). Reservo-me deliberadamente para outras e temporalmente mais apropriadas núpcias analíticas, mas temos já muitos meses em que tem valido de tudo um pouco – entre múltiplas e diversificadas virgens ofendidas da economia social (como Bagão Félix, p.e.), as piruetas de Santana Lopes, incompetentes manifestações de aproveitamento partidário (como Montenegro ou Negrão, p.e.), a notável plasticidade de Tomás Correia, as coincidências de uma engenharia fiscal milagrosa ou a súbita ressurreição de Carlos Tavares, para só referenciar alguns dos mais significativos tópicos em presença – menos a devida atenção à crucial importância de se consolidar a recuperação do sistema financeiro português e às delimitadas dimensão e impacto do problema em concreto. O futuro dirá o que houver a dizer...
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