(Tempo de curtir as sonoridades de Cristina Branco,
à procura da sua nova identidade na música portuguesa).
Tempos de revisão do paper com a amiga Pilar González, “Social Convergence, Development Failures and
Industrial Relations: The Case of Portugal” (de que falarei brevemente
quando a versão final estiver estabilizada), no âmbito de mais um projeto para
o International Labour Organisation (vulgo OIT) de Genebra, e por isso pouco
tempo para as atividades de blogger.
Assim sendo, uma
oportunidade para acusar o excelente disco de Cristina Branco, Branco, no qual
Cristina prossegue a busca de novas sonoridades em companhia de autores e músicos
(Bernardo Couto, Bernardo Moreira, Luís Figueiredo) que começam a construir uma
cumplicidade relevante e promissora.
Já há tempos que a ligação
de Cristina ao fado me parecia um desperdício e ainda mais convicto fiquei quando
numa grande entrevista a também grande Beatriz da Conceição zurziu a bom zurzir
na pretensa identidade fadista de Cristina. Branco representa cristalinamente
um estádio bem mais maduro de procura dessas novas sonoridades e,
objetivamente, da sua própria identidade no meio musical português, com
presença internacional significativa.
Gosto especialmente de Este Corpo
que abre o disco e de Noite, onde vais cheia de pressa.
O concerto na Casa da Música
avizinha-se, creio que será em Maio, depois de uma longa digressão pelo estrangeiro.
Um bom domingo.
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