quarta-feira, 7 de março de 2018

METÀ GIALLA, METÀ VERDE

(Laura Pellegrini, “Ellekappa”, http://www.repubblica.it)

Nenhum cidadão europeu razoavelmente informado pode encarar de ânimo leve os resultados das eleições italianas. Muito menos pode um cidadão italiano minimamente consciente encarar conformadamente os ditos. Daí este meu regresso – eu diria mesmo mais, esta nossa repetitiva insistência – ao tema. Acima, a reação mais racional de um anónimo local aguardando o já previsível desfecho, uma reação que está aliás muito em linha com o comportamento migratório que milhões de italianos desiludidos, sobretudo jovens, vêm evidenciando ao longo da última década. Abaixo, a reação garbosa ou azoratada da maioria silenciosa que acaba por ser a mera executora em última instância do ato capital. Mais abaixo, os números na sua pura crueza e os poucos e inquietantes cenários pós-eleitorais possíveis, as novas e principais caras que ficam por ora a contar – e que más caras que são as de Di Maio e Salvini! – e a saída de cena do grande culpado – politicamente falando, porque haveria outras dimensões determinantes a considerar – de toda esta desgraça e, também, de mais um duro golpe na social-democracia e na esquerda europeia.

(cartoons de Francesco Tullio Altan, http://www.repubblica.it)



(cartoons de Francesco Tullio Altan, http://www.repubblica.it e Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)

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