Falhou o processo de impeachment novamente tentado contra Donald Trump. O que não deixa de constituir uma má notícia ao revelar quanto o personagem ainda consegue ter eco (o tal “elefante na sala”...) no interior de um irreconhecivelmente acovardado Partido Republicano e, portanto, aspirar a voltar ao primeiro plano nas Presidenciais de 2024 (para o que vai necessariamente andar por ali a disparatar, procurando cerrar fileiras perigosamente reacionárias).
Neste quadro, a boa notícia proveio de alguma dissidência que se manifestou nas trincheiras republicanas (sete senadores votaram pela condenação de Trump) e de vozes como as do líder Mitch McConnell ou Nikki Haley que se distanciaram frontalmente do anterior Presidente, fazendo crer que os realinhamentos de posições estão em curso (traduzindo, como sempre, interesses de grupo e/ou ambições pessoais) e podem vir a produzir resultados menos favoráveis às pretensões de Trump (a despeito de alguns analistas credíveis também sublinharem o reforço da sua popularidade junto das hostes do partido).
É cedo para construir cenários, até porque o inapelável correr do tempo fará com que Trump tenha 78 anos em 2024 e não é fácil que se repitam casos como os da recente eleição de um Biden prestes a completar 78 (mas acompanhado por uma “jovem” capaz de dar garantias de continuidade, como a sua vice Kamala Harris). Esperemos para ver, sendo claro que o essencial agora está do lado da dupla Biden/Harris e do modo como os principais protagonistas do Partido Democrata interpretarem no concreto as respostas necessárias ao momento histórico em que o poder lhes caiu nos braços – como bem diz o nosso El Roto, “make America, America again”...
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