Ao aceder hoje à manchete do “Público”, anunciando a proximidade do fim das moratórias de crédito à habitação, não pude deixar de me sentir assaltado por uma renovada inquietação quanto ao nosso incerto e problemático devir económico. Outras notícias do mês já tinham chamado a atenção para os 46 mil milhões de crédito empresarial suspenso até daqui a 6 meses, por um lado, e para as respetivas implicações em termos de malparado numa banca em crescente luta pela sobrevivência perante um esgotado modelo de negócio, por outro. Tudo muito preocupante, pois, com a agravante daquela outra nota oficiosa vinda algures das Finanças segundo a qual a “política monetária está no limite e esgotada”, isto num país em que, em 2020, o “BCE comprou o equivalente a mais de metade do endividamento”. E como Christine Lagarde já tem vindo a indiciar, também e naturalmente, que a situação atual tem limites e que os mesmos não estarão temporalmente longínquos...
Sem comentários:
Enviar um comentário