Entra fevereiro, aquele que se espera ir ser o mês das grandes perceções quanto à evolução da pandemia na nossa terra. Quando a fadiga já se apoderou da maioria dos portugueses, e a confiança treme de forma crescente, o que hoje ainda importa mais é manter as fileiras cerradas em torno do confinamento em curso e não contribuir para avolumar uma situação explosiva com dificuldades evitáveis – mais à frente, far-se-ão contas e balanços e apurar-se-ão factos e responsabilidades, ou seja, logo se verá... quando for possível e se nada correr demasiado mal.
Duas dimensões de algum dramatismo terão vindo para ficar, porém: (i) as diferentes inquietações de velhos e novos, uns a verem o seu tempo a correr para o fim e outros a verem o seu futuro a fugir-lhes debaixo dos pés; (ii) a ideia de que nada ficará igual num qualquer pós-pandemia que se afirme, tanto mais quanto seguramente passaremos a encarar surtos, riscos e medos (reais ou imaginários) com um antes inusitado caráter de permanência e habituação. Confesso-vos que de tudo o que mais me está a preocupar são mesmo as novas gerações, sobretudo aquelas que agora começavam a adquirir e consolidar os conhecimentos imprescindíveis a que possam emergir sustentadamente sociedades melhores porque mais competentes e mais justas.
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