Incontornável este meu regresso a um breve comentário futebolístico. A prestação do FC Porto nos Quartos-de-Final da edição da Liga dos Campeões desta época em confronto com o “tubarão” Chelsea (plantel avaliado em 804 milhões de euros contra os nossos 264), coroando aliás um comportamento brilhantíssimo ao longo de toda a prova (quer na fase de grupos, quer na eliminação da Juventus nos Oitavos), a tal me obriga sem margem para qualquer hesitação.
Não quero aqui especular em torno das incidências dos dois jogos – seja do empurrão “penalizante” sobre Marega nas barbas do esloveno Slavko Vincic, seja dos erros de Zaidu e Corona (este inconcebível) que proporcionaram os golos do Chelsea, seja dos cinco amarelos a zero com que o francês Clément Turpin ontem nos brindou – nem em torno da justiça (ou falta dela) dos resultados finais que são o que fica para a posteridade – não obstante os 18-10 agregados em pontapés de canto a favor ou os 13-10 e os 7-4 em remates à baliza (sem ou com destino on target, respetivamente) com que nos diferenciamos. Nem mesmo discutir o óbvio de uma equipa mais categorizada (como é a do Chelsea), recheada de jogadores de primeira grandeza (com destaque para Jorginho, Rudiger, Kante e Pulisic, mas não esquecendo Azpilicueta, Chilwell, Kovacic, Mount, Havertz e Werner) e com um variadíssimo banco de suplentes, por comparação a uma equipa arrumadinha (como é a nossa) em que a verdadeira classe não abunda (há Pepe, um bom guarda-redes, uns médios capazes de coisas boas e um Corona com magníficos pés e pouca cabeça, além de muita vontade, garra e espírito de corpo e de uma grande inexperiência).
Foi assim com enorme orgulho clubista (e também nacional) que assisti a uma saída afirmativa de uma competição onde temos pergaminhos (duas vitórias, 1987 e 2004, uma meia-final e seis presenças nos Quartos); ademais com aquele golo superlativo de Mehdi Taremi.
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