Vitória merecida da seleção italiana, que foi melhor ao longo do torneio considerando todos os elementos. Ainda assim, uma final ganha nos penaltis, como já acontecera na meia-final, indiciando alguma crescente e natural quebra física e a presença de dois adversários muito difíceis (primeiro a Espanha, ontem a Inglaterra) que forçaram os transalpinos a reajustar o seu modelo de jogo vistoso e ofensivo com um regresso (embora parcial e inteligentemente doseado) a algum taticismo de tempos e modelos passados.
A prova foi indiscutivelmente bem disputada, teve bons e renhidos jogos recheados por inúmeros golos de magnífico recorte e revelou algumas seleções de qualidade (sobretudo Itália, Inglaterra e Espanha) e outras bastante meritórias e/ou até surpreendentes (Dinamarca e Suíça, mas também Chéquia, Ucrânia e Áustria), enquanto outras tidas por muito boas se apresentaram abaixo das expectativas (França à cabeça, assim como Alemanha, Portugal, Bélgica, Países Baixos e Croácia).
Junto de seguida a minha leitura dos protagonistas na sua prestação concreta, algo que procurei fazer com a objetividade possível num quadro em que não me saltaram desta vez à vista aqueles artistas espetacularmente diferenciadores que amiúde tendem a emergir em campeonatos desta natureza — por esta razão, decidi organizar as “melhores equipas-tipo” nos dois grupos abaixo: primeiro, as dos jovens até aos 25 anos e que estão para ficar (uma formação principal e outra suplente) e, depois, as dos de idade superior (uma formação principal e outra suplente, igualmente); ou seja, 44 nomes justificativos de uma menção distintiva. Por fim, e a terminar, acrescento ainda a minha escolha dos melhores entre os melhores, plano em que considero Jorginho como o jogador que mais se destacou (imediatamente secundado pelos dois veteranos centrais italianos) e Donnarumma como a grande revelação (imediatamente secundado pelo espanhol Pedri e pelo inglês Kalvin Phillips); em matéria de coaches, Roberto Mancini deu cartas e deixou os restantes (com a confirmadora exceção dos inesperados Kasper Hjulmand, Vladimir Petković e Franco Foda) a léguas de distância.
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