Passo por ora ao lado de qualquer comentário sobre o caso Vieira naquilo que é a sua essência, isto é, o seu variado desempenho enquanto “testa de ferro” para quase todo-o-serviço de Ricardo Salgado, a diversidade dos seus negócios imobiliários, a sua ação fraternal na qualidade de presidente-comissionista do Benfica e a sua capacidade de relacionamento com os poderes financeiro e político. Fixo-me em Rui Costa, o provável idiota útil desta história naquilo que toca à sucessão de Vieira no comando da SAD e do clube (com os administradores mais sabidolas, designadamente Domingos Soares de Oliveira e José Eduardo Moniz, na expectativa e a assobiarem visivelmente para o lado). A forma como o ex-número 10 se apresentou aos benfiquistas foi simplesmente ridícula e própria de quem não faz uma ideia clara das condicionantes e dos riscos que o cercam e das responsabilidades objetivas que seguramente lhe cabem — ainda assim, talvez não suficientemente inconsciente para que possamos seguir Ricardo Aráujo Pereira na sua proposta de qualificação do autoproclamado presidente como um “totó”.
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