segunda-feira, 5 de julho de 2021

AMBIÇÃO PEQUENINA?

O secretário-geral e coordenador autárquico do PSD, José Silvano, disse quase tudo sobre o grau de ambição com que o partido laranja encara as próximas eleições (26 de setembro) para o poder local. Conseguir mais câmaras e cidadãos eleitos do que em 2017, após a quebra de 2009 e a débacle de 2013, já parecia algo minimalista q.b. (e assim falara Rui Rio...); mas Silvano vem colocar a fasquia ao nível ainda mais rasteiro (“Lisboa paga todos os outros objetivos”) que corresponde “no limite” a pôr praticamente todas as fichas em Carlos Moedas. Ao que se vai vendo, ouvindo e lendo, tudo indica que possa acontecer a Rio uma situação de completo fracasso eleitoral do ponto de vista de uma leitura nacional indiscutível, mesmo que viesse a conseguir um pequeno aumento do número de câmaras e eleitos; a direção do partido vem agora indiciar que não exclui que ele possa ser objeto de um “empurrão” que o obrigue a renunciar e, por isso, decide apostar — não vá o diabo tecê-las! — no desgaste de Medina e na canonização de Moedas. Ora, também em política, os resultados só se apuram no fim do jogo e as surpresas são cada vez menos raras, pelo que ficamos para ver se o risco faz um sentido para que nada aponta ou se e até que ponto os lisboetas vão querer realmente ajudar Rio... e, por contágio, Costa (ou será que este até não desgostaria que se produzissem alguns abanões improváveis?).

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