quarta-feira, 14 de julho de 2021

A FRATURA VACINAL

Profundamente perturbador o acima reproduzido mapa-mundi da vacinação Covid-19. Desta maneira, isto é, com este tipo de fratura Norte-Sul (uma mera observação do mapa dispensa grandes comentários!), “o mundo está na senda do revés” (segundo declarações provenientes da OMS, aliás bem secundadas pelas lancinantes chamadas de atenção de António Guterres). Senão vejamos, em modo muito sintético: em África, onde um drama relativamente pouco visível é cada vez mais explosivo, apenas menos de 2% da população está parcialmente imunizada; os países ricos, pressionados pela ameaçadora sucessão de variantes, tendem a conservar para uso interno as doses a que acedem, quase não as partilhando com as regiões mais necessitadas (a União Europeia ainda vai sendo a zona mais competente na evidência de alguma solidariedade); estima-se que só em 2023 estará a totalidade dos habitantes do planeta completamente vacinada (e “isto não estará acabado enquanto não estiver acabado em todo o mundo”). Sinais preocupantes de um mundo desgovernado...

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