Dia cheio de pequenos e grandes compromissos, que passaram também por um regresso ao Douro em dia de julho pouco solheiro. À chegada a casa, sento-me com o objetivo de recuperar as gordas do dia, mas rapidamente compreendo que haveria mais do que isso na forja noticiosa da TVI. Porque à pueril declaração governativa da travagem da nomeação de Vítor Fernandes para Chairman do Banco Português de Fomento, protagonizada pela postura sempre solene e bem-falante de Pedro Siza Vieira, logo se seguiria uma entrevista em direto de Manuel Magalhães e Silva (ainda não consigo crer que ele é o defensor de Vieira, defeito meu certamente!) a José Alberto Carvalho em defesa de uma “normalidade” (ou não ilegalidade das suspeitas que recaem sobre o seu constituinte) e, cereja no topo do bolo, uma entrevista de Pedro Nuno Santos a Miguel Sousa Tavares em que a corajosa frontalidade do ministro em defesa das suas “verdades” e na denúncia das simplistas e preguiçosas falsidades do analista tornou praticamente irrelevante qualquer avaliação daquilo que ele ia sustentando e garantindo. E foi assim que me senti assaltado por uma avassaladora impressão de fim de festa, não sei bem se apenas de um regime em putrefação ou se também de um simulacro de país que já não tem linhas bastantes para coser as feridas que vai expondo... Aqui chegado, preparava-me eu para encerrar este post quando me veio à cabeça a possível pergunta de um leitor mais atento: e então a bazuca que está aí à porta? Ah, pois, pensei: como pude eu omitir essa mezinha milagrosa que nos prolongará a agonia?
terça-feira, 13 de julho de 2021
ESTE PAÍS NÃO É PARA...
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