A globalização, muito pela mão do meu amigo do lado mas também com várias incursões da minha parte, tem sido um dos pratos fortes mais trabalhados no quadro deste nosso espaço de reflexão. Agora que a mesma, no que toca à lógica que a enformou nas passadas décadas de dominação neoliberal (para me referir de uma forma breve e não inteiramente rigorosa a algo de complexo e eivado de aspetos contraditórios), está sob um forte escrutínio de uma brutal mudança das suas condições permissivas e dos factos que lhe subjazem, trago hoje aqui a evidência empírica de três gráficos temporalmente sequenciais (1980-2000-2019) relativos à evolução do peso das grandes regiões do mundo em termos de PIB per capita e de população, tal como Douglas A. Irwin (Peterson Institute for International Economics) o divulgou num interessante e algo apologético artigo que elucidativamente intitulou por forma a salientar que “a globalização permitiu a quase todos os países tornarem-se mais ricos nas décadas recentes”. Com um acréscimo nada irrelevante que também cito: “E a globalização não pode igualmente ser descrita como um jogo de soma nula, em que os ganhos para alguns países aconteceram a expensas de outros. Os vastos ganhos económicos realizados por países pobres nas passadas poucas décadas não aconteceram a expensas das economias avançadas.” Aqui está um tema a merecer mais detalhe analítico da nossa parte, quer porque contém polémica quanto baste quer porque só quando tivermos claro o que temos vivido é que seremos capazes de nos posicionarmos adequadamente em relação ao que está por esse mundo fora a germinar e assim irá necessariamente vincular o porvir.
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