Tem de se reconhecer que a questão das sanções europeias à Rússia é altamente complexa e politicamente muito sensível. Como também tem de se reconhecer que a União tem vindo a comportar-se à altura dos desafios que lhe foram impostos por uma crise que irrompeu sem dar margem a grandes preparações.
Ainda assim, sempre releva sublinhar com alguma perplexidade o modo como Viktor Orbán vai conseguindo navegar em simultâneo a onda da participação comunitária com a de um especial relacionamento com Putin, tal como já vinha acontecendo com a implacável imposição de um autoritarismo interno na contracorrente das lógicas de funcionamento democrático teoricamente exigidas pelo estatuto de membro da União; a última proeza de Orbán foi a de lograr a exclusão do patriarca Kiril (líder da Igreja Ortodoxa) de um sexto pacote de sanções que previamente o incluía.
Um assunto que merecerá mais e melhor conversa, o que deixo para um dia destes.
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