(Confesso que nos últimos tempos tenho visto poucas edições do Princípio da Incerteza na CNN Portugal, com Alexandra Leitão, António Lobo Xavier e José Pacheco Pereira, moderados por Carlos Andrade. Alguma imprevisibilidade de horário e sobretudo o dia, domingo, já a pensar na semana de trabalho seguinte e regra geral a deitar-me cedo explicam essa reduzida assiduidade da minha parte. No Funchal, cada vez mais cosmopolita, e com pouco tempo para pensar no blogue, arranjei uns minutos para analisar o que parece resultar deste momento do programa depois da saída de Ana Catarina Mendes.)
Em poucas palavras, o que marca fundamentalmente esta edição do Princípio da Incerteza é a “certeza” que Alexandra Leitão e a significativa melhoria de qualidade do programa graças à capacidade de intervenção da agora deputada da Assembleia da República representam.
Claro que também penso que a saída de Alexandra Leitão do Governo foi mal explicada. Não me quero aventurar em interpretações fantasiosas sobre o que de impensável para um cidadão normal passa frequentemente pelo mundo da política partidária. Até posso dar de barato que esse facto poderá não ter tido qualquer significado.
Agora, o que me parece resultar claro da qualidade e autoridade com que Alexandra Leitão se passeia pelo programa, sem qualquer inferioridade ou inibição face aos pesos pesados Pacheco Pereira e Lobo Xavier, como aliás acontecia, por vezes, com Ana Catarina Mendes, é que temos Mulher para grandes voos políticos e poder de decisão não lhe falta.
Dou comigo a pensar que entre as personalidades da governação PS, que pensam naturalmente, os ou as mais novas em horizonte de longo prazo, pós António Costa, não haverá ninguém com o perfil de Alexandra Leitão. Não faço a mínima ideia se a personagem tem ou não ambição política para mais largos voos. As Marianas, as Anas, os Fernandos, Nunos ou Duartes que se cuidem, pois ou muito me engano ou está aqui a nascer uma Mulher, uma Política de grande nível.
Cara Alexandra, bastaria ouvir a sua posição sobre a decisão do Supremo Tribunal americano sobre o aborto para me convencer. Que firmeza, que clareza, que contundência! É assim que entendo a política.
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