sábado, 11 de junho de 2022

NA MORTE DE PAULA REGO


Este modesto espaço também tem de funcionar, pelo menos em momentos especialmente marcantes, como um repositório de essências que marcaram a passagem vivencial dos seus animadores e frequentadores. Tal é o caso do desaparecimento da genial pintora luso-britânica Paula Rego, bem justificativo de um simbólico dia de luto nacional e da imensidão de justas reações de consternação que se multiplicaram no espaço público nacional (e não só). E como tudo já foi por demais dito e redito sobre a artista e a mulher, não sei se não seria o momento de nos interrogarmos sobre se Maria Paula, com todo o talento e sensibilidade que lhe eram intrínsecos, teria sido a unanimemente reputada Paula Rego se não tivesse saído de Portugal em devido tempo, primeiro para estudar em Londres e depois para por lá se fixar preferencialmente ― uma questão que talvez relevasse ser abordada, não obstante os méritos da “arraia miúda” que Marcelo ontem tanto glosou no seu discurso do dia nacional...

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