Definitivamente, Fernando Santos não foi feito para ser entendido! O selecionador nacional já tinha provocado Cristiano Ronaldo ao levá-lo para o banco no jogo com a Espanha; desta vez, e após ter decidido pô-lo a fazer desnecessariamente um jogo completo contra a Chéquia, resolveu dispensá-lo da determinante partida com a Suíça e proporcionar-lhe um estranhamente prematuro início de férias...
Mas o encontro há pouco terminado deixou-nos outras indicações igualmente pertinentes. Forma física de final de época à parte, terá ficado demonstrado que vários dos atletas convocados (ainda) não têm rasgo suficiente para serem titulares de uma seleção com aspirações a alguma coisa de saliente: os casos mais chocantes foram os de Nuno Mendes à esquerda da defesa, Vitinha e Bruno Fernandes no meio-campo e André Silva no ataque. Aqueles dois bem podiam ter sido substituídos com inteira vantagem por Rafael Guerreiro e João Moutinho, incompreensivelmente dispensados com Cristiano, e os últimos continuam a impressionar pelo seu persistente desacerto ao serviço da equipa nacional e bem podiam ter dado lugar aos desequilibradores que são Bernardo Silva e o fução Diogo Jota. Assim, o facto é que Fernando Santos falha com demasiada frequência no plano das escolhas principais, tudo levando a crer que ainda não percebeu a diferença de fundo que sempre terá de existir entre titulares e suplentes nem o potencial papel coadjuvante do banco para a alteração das dinâmicas presentes em campo e não enquanto mero elemento constitutivo de um burocrático cumprimento do estabelecido nos regulamentos do jogo. Triste final de época!
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