Temia-se que acontecesse, mas ainda existiam algumas réstias de esperança de que o reacionarismo mais retrógrado não desse a cara e vencesse no Supremo Tribunal dos Estados Unidos. As caras e os nomes estão acima e qualquer dos nove juízes ficará para a posteridade, sejam os que covardemente promoveram o processo e o validaram (especialmente o presidente John Roberts e o executor Samuel Alito) sejam os que a ele corajosamente se opuseram (Elena Kagan, Stephen Breyer e Sonia Sottomayor). Seguir-se-á um movimento mimético em muitos Estados, tornando o direito ao aborto uma ausência legal na maior parte do país (ver mapa abaixo). Esta será talvez a herança mais visível da passagem de Donald Trump pela Casa Branca, uma vergonha insana para um país que se diz pretender liderar o mundo livre. Mas, como os ventos da História ensinam, tudo voltará um dia ao rumo inexorável da decência essencial.
(https://journal.liberation.fr)
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