Estão em vias de produzir resultados concretos os esforços que têm vindo a ser desenvolvidos à escala europeia no sentido de promover o potencial da chamada “Economia Criativa” (Indústrias Culturais e Criativas”, doravante ICCs), um domínio/sector resultante da valorização das relações entre Cultura e Economia e que assume o papel central da Criatividade nesse quadro.
É espantosamente volumosa e rica a informação tratada e a investigação realizada, ao longo destes anos, com vista a uma percepção/compreensão da realidade das ICCs e à sua consolidação/consagração enquanto área a ter em conta no plano da teoria, da estratégia e da política. Para melhor revelarem e problematizarem os diversos contornos desta “novidade”, apelo aqui à participação efectiva de alguns dos colegas que têm vindo a desenvolver trabalhos académicos e profissionais na área e que declararam pretender envolver-se neste blogue. Pessoalmente, e por ora, não irei mais longe do que referir os estudos dirigidos que a Comissão foi encomendando a consultoras externas – designadamente: “The Economy of Culture in Europe” (2008, http://ec.europa.eu/culture/key-documents/economy-of-culture-in-europe_en.htm), “Impact of Culture on Creativity” (2009, http://ec.europa.eu/culture/key-documents/impact-of-culture-on-creativity_en.htm), “The Contribution of Culture to Local and Regional Development – Evidence from the Structural Funds (2010, http://ec.europa.eu/culture/key-documents/contribution-of-culture-to-local-and-regional-development_en.htm) e “The Entrepreneurial Dimension of the Cultural and Creative Industries” (2011, http://ec.europa.eu/culture/key-documents/entrepreneurial-dimension-of-the-cultural-and-creative-industries_en.htm).
É espantosamente volumosa e rica a informação tratada e a investigação realizada, ao longo destes anos, com vista a uma percepção/compreensão da realidade das ICCs e à sua consolidação/consagração enquanto área a ter em conta no plano da teoria, da estratégia e da política. Para melhor revelarem e problematizarem os diversos contornos desta “novidade”, apelo aqui à participação efectiva de alguns dos colegas que têm vindo a desenvolver trabalhos académicos e profissionais na área e que declararam pretender envolver-se neste blogue. Pessoalmente, e por ora, não irei mais longe do que referir os estudos dirigidos que a Comissão foi encomendando a consultoras externas – designadamente: “The Economy of Culture in Europe” (2008, http://ec.europa.eu/culture/key-documents/economy-of-culture-in-europe_en.htm), “Impact of Culture on Creativity” (2009, http://ec.europa.eu/culture/key-documents/impact-of-culture-on-creativity_en.htm), “The Contribution of Culture to Local and Regional Development – Evidence from the Structural Funds (2010, http://ec.europa.eu/culture/key-documents/contribution-of-culture-to-local-and-regional-development_en.htm) e “The Entrepreneurial Dimension of the Cultural and Creative Industries” (2011, http://ec.europa.eu/culture/key-documents/entrepreneurial-dimension-of-the-cultural-and-creative-industries_en.htm).
Sublinharia, entretanto, que participei ontem em Bruxelas em mais uma reunião de um grupo de “peritos” que, desde 2008, trabalha activamente nessa direcção, tendo já produzido um relatório (http://ec.europa.eu/culture/our-policy-development/doc/library/EU_OMC_WG_CCI_Final_Report_June_2010.pdf) que serviu de base à preparação do “Green Paper” da Comissão Europeia (Direcção-Geral Educação e Cultura), “Unlocking the Potential of Cultural and Creative Industries” (http://ec.europa.eu/culture/documents/greenpaper_creative_industries_en.pdf) e estando agora em vias de terminar um “Policy Handbook” (“utilização estratégica dos programas de apoio da UE, incluindo fundos estruturais, para acelerar o potencial da cultura no desenvolvimento local e regional e os efeitos de arrastamento das Indústrias Culturais e Criativas na economia alargada”).
Mas o que queria realmente salientar a propósito daquela reunião tem a ver com o facto de as ICCs – que já tinham sido ineditamente consideradas no âmbito de uma iniciativa lançada pela DG Empresa e Indústria, a “European Creative Industries Alliance” (ver o seu arranque em http://www.europe-innova.eu/web/guest/home/-/journal_content/56/10136/178407, havendo acções concretas previstas para 2012/15) – passarem agora a integrar os ramos (instrumentos de política e aspectos horizontais) considerados pela DG Regio para efeitos da Política de Coesão em preparação para o período 2014/20, caindo assim no âmbito da “Estratégia 2020”, da sua aposta numa “especialização inteligente” e das estratégias de inovação regional que a consubstanciam. Foi isto mesmo que uma portuguesa daquela DG (Luísa Sanches) nos veio comunicar ontem, em mais uma aproximação disciplinar de elevado potencial e que começará a concretizar-se em 2012 através de uma “joint EU-wide awareness raising initiative” entre a Comissão e os Estados membros.
Tudo isto serão notícias interessantes e positivas, no pressuposto de que a “Europa” dura. Coisa de que aqueles que lhe são alheios já não parecem muito convencidos e coisa que parece ser alheia aos que são parte daquela cinzenta rotina bruxelense! Uma correria de “formigas” de várias colmeias, que observei mais atónito que nunca: enquanto a Itália batia recordes de taxas de juro, cada um seguia “na sua” e a sala contígua à nossa discutia galinhas poedeiras! Foi, aliás, um dia que começou mal: numa esquina da Rue Froissart, calhou-me tomar o pequeno-almoço ao lado do “troikista” Poul Thomsen…
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