sábado, 26 de novembro de 2011

“EUROPA 2021”

Niall Ferguson, o especialista em História Económica e Financeira que é professor em Harvard e na LSE, editor do “Financial Times” e autor de “História Virtual” e de “A Ascensão do Dinheiro: Uma História Financeira do Mundo” (escolhendo traduzidos), publicou no “Wall Street Journal” de domingo 19 um texto (“2021: The New Europe”) em que imagina o que poderá ser a Europa daqui a 10 anos (http://online.wsj.com/article/SB10001424052970203699404577044172754446162.html). O texto vem acompanhado do mapa dos “Estados Unidos da Europa” (criados pelo Tratado de Potsdam de 2014 e com capital em Viena) que aqui se junta (ilustração de Peter Arkle, a clicar para amplar).

Recomendando alguns momentos de possível deleite com uma leitura recheada de vários excertos de fina graça, aliás bem “british-oriented”, sublinho uma dimensão diversa e que dá que pensar: a conseguida sobrevivência do euro como moeda única assenta num “Wholly German Empire” que se reflecte, a sul, numa "Vacation Land" dotada de um “forte fluxo de fundos vindos do centro norte-europeu” associado à “criação de um novo sistema de federalismo fiscal” – citando: “Com um quinto da população da sua região acima de 65 anos e um quinto de desempregados, as pessoas têm tempo para gozar as coisas boas da vida”, no contexto de uma economia sem expectativas e “trabalhando como criados ou jardineiros para os alemães, os quais têm todos agora as suas segundas casas no soalheiro sul”. Sintomático e não propriamente estimulante…

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