sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ONDE ESTAMOS







Com a ajuda de três gráficos relativos aos prémios de risco das obrigações a 10 anos face ao referencial alemão (clicar neles para ampliar), reproduzidos a partir do “El País” (10, 16 e 18 de Novembro) com base em dados da Bloomberg, fica bem óbvio o ponto onde estamos nas turbulências da crise da Zona Euro. Três notas singelas:
(i) a Itália (“too big to fail” nas condições existentes) foi “resgatada” com o pedido de um controlo certificador das suas contas pelo FMI e UE, ao que se seguiu a queda de Berlusconi;
(ii) o contágio recrudesce – já só cinco países do euro têm um prémio inferior ao espanhol em Maio de 2010 (vejam-se os casos da Bélgica, da França e da Áustria, com a França a atingir ontem o nível recorde de risco);
(iii) a Espanha, à beira de eleições que poderão (ou não) vir destapar um véu que se adivinha existente, alcança por estes dias novos máximos naquele diferencial (“Spain pushed to the frontline of the euro crisis”) e chega ao limite dos 500 pontos (“Spanish bond yields near critical level”), ao mesmo tempo que paga o preço mais alto em leilões de dívida desde 1997 e foi ontem “salva ‘in extremis’” pela intervenção forçada do BCE.
E Angela – enquanto insiste numa “sólida solução política” (incluindo cedência de soberania fiscal e revisão dos tratados) para uma “nova Europa” – lá vai reafirmando que prestamista em última instância “é uma mentira”! Até que a morte nos separe?

Sem comentários:

Enviar um comentário