Na sequência do último post e ainda no âmbito da minha
intervenção no seminário acima mencionado, as (macro) tendências que
identifiquei tendem a projectar novos desafios temáticos para a governação das
cidades:
- Cidades inovadoras e criativas;
- Cidades compactas e eficientes;
- Cidades competitivas;
- Cidades inclusivas;
- Cidades-líderes;
- Cidades digitais;
- Cidades sustentáveis (na oferta e gestão de serviços públicos).
Todos estes focos temáticos, que podem configurar diferentes
formas de estar das cidades, terão correspondência numa obra em elaboração,
promovida pela Associação Eixo Atlântico (www.eixoatlantico.com): Pensar a Cidade: Desafios
para a Governação das Cidades do século XXI, com coordenação de José Manuel Peña
Penabad e na qual participo coordenando os contributos portugueses e assumindo
o tema Cidades Competitivas.
Entre os desafios de organização interna que
a focagem temática coloca à governação municipal desenvolvi em Braga os
seguintes:
- A matriz-projeto como forma organizacional, transversal, integradora de diferentes serviços municipais tenderá a emergir como forma dominante de cooperação eficiente entre recursos;
- A cidade-digital exigirá não só complexas adaptações internas de “back-office”, mas também uma revolução literal das políticas de comunicação municipal;
- Novos mecanismos de participação tenderão a emergir: a cidadania aleatória, com mobilização aleatória de munícipes será um processo a seguir com atenção;
- A participação cidadã encontrará em projetos emblemáticos de intervenção no espaço urbano boas condições de afirmação e visibilidade;
- Os processos de reabilitação urbana que irão emergir como um dos focos prioritários das políticas públicas exigirão coerência e consistência com estratégias de Cidade, mais amplas, gizadas em torno de um foco temático.
A intervenção de
apresentação da estratégia de reabilitação urbana para Braga (Estratégia de
Reabilitação Urbana em Braga: os Programas para o Centro Histórico e Braga Sul)
de autoria de Elisa Babo e Daniel Miranda (Quaternaire Portugal) pode ser
visualizada no portal da CM Braga (http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico).
No painel em que participei, Fernando Moreira de Sá (especialista de comunicação)
apresentou dados impressionantes sobre o presente estatuto das redes sociais
como ferramenta de comunicação das estratégias municipais, ultrapassando
claramente os jornais de maior tiragem e concorrendo activamente com a televisão.
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