domingo, 27 de novembro de 2011

PENSAR A CIDADE (2)



Na sequência do último post e ainda no âmbito da minha intervenção no seminário acima mencionado, as (macro) tendências que identifiquei tendem a projectar novos desafios temáticos para a governação das cidades:
  • Cidades inovadoras e criativas;
  •  Cidades compactas e eficientes;
  • Cidades competitivas;
  • Cidades inclusivas;
  • Cidades-líderes;
  • Cidades digitais;
  • Cidades sustentáveis (na oferta e gestão de serviços públicos).
Todos estes focos temáticos, que podem configurar diferentes formas de estar das cidades, terão correspondência numa obra em elaboração, promovida pela Associação Eixo Atlântico (www.eixoatlantico.com): Pensar a Cidade: Desafios para a Governação das Cidades do século XXI, com coordenação de José Manuel Peña Penabad e na qual participo coordenando os contributos portugueses e assumindo o tema Cidades Competitivas.
Entre os desafios de organização interna que a focagem temática coloca à governação municipal desenvolvi em Braga os seguintes:
  • A matriz-projeto como forma organizacional, transversal, integradora de diferentes serviços municipais tenderá a emergir como forma dominante de cooperação eficiente entre recursos;
  • A cidade-digital exigirá não só complexas adaptações internas de “back-office”, mas também uma revolução literal das políticas de comunicação municipal;
  •  Novos mecanismos de participação tenderão a emergir: a cidadania aleatória, com mobilização aleatória de munícipes será um processo a seguir com atenção;
  • A participação cidadã encontrará em projetos emblemáticos de intervenção no espaço urbano boas condições de afirmação e visibilidade;
  • Os processos de reabilitação urbana que irão emergir como um dos focos prioritários das políticas públicas exigirão coerência e consistência com estratégias de Cidade, mais amplas, gizadas em torno de um foco temático.
A intervenção de apresentação da estratégia de reabilitação urbana para Braga (Estratégia de Reabilitação Urbana em Braga: os Programas para o Centro Histórico e Braga Sul) de autoria de Elisa Babo e Daniel Miranda (Quaternaire Portugal) pode ser visualizada no portal da CM Braga (http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico). No painel em que participei, Fernando Moreira de Sá (especialista de comunicação) apresentou dados impressionantes sobre o presente estatuto das redes sociais como ferramenta de comunicação das estratégias municipais, ultrapassando claramente os jornais de maior tiragem e concorrendo activamente com a televisão.

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