sexta-feira, 8 de julho de 2016

ARMA DE DESTRUIÇÃO MACIÇA


Há muito que já tinha sido feito o enterro do blairismo, o mais recente logro ideologicamente estruturado da social-democracia europeia. Mas agora, depois de sete anos de investigação por parte de uma comissão de inquérito presidida por John Chilcot, a publicação do relatório definitivo sobre a participação do Reino Unido na guerra do Iraque vem colocar uma inamovível pedra tumular na já de si pouca credibilidade de que ainda gozava o próprio Tony Blair. Vergonha é o mínimo com que podemos qualificar a atuação do então primeiro-ministro britânico. Sendo que no “The Guardian” se foi mais longe ao escrever-se: “A guerra no Iraque não foi um disparate nem um erro. Foi um crime.” Depois, ainda há os detalhes, alguns dos quais substantivamente ou arrogantemente sórdidos (I will be with you, whatever, sendo que o you em causa era George W. Bush, ou I’m sorry but I’d do it again) e genericamente sintetizados em títulos de jornais como os acima reproduzidos. Reze-se pela alma do figurão, perdoem-se os iludidos que alguma vez acreditaram no dito e não se relevem nunca as múltiplas monstruosidades políticas e humanitárias cumplicemente praticadas pela então chamada “esquerda moderna”...

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