terça-feira, 19 de julho de 2016

O REGRESSO DA NAÇÃO?


Quem diria que seria seriamente admissível que a mais de meio do primeiro quartel do século XXI voltaria a recolocar-se a hipótese da Nação como categoria analítica relevante a ter em conta? Sim, eu sei que Jaime Nogueira Pinto (JNP) – que assinava este Domingo um ensaio do “Diário de Notícias” nesse sentido – é um intelectual muito marcado por posições nacionalistas e conservadoras. Mas, tratando-se de um pensador consequente, ele empurra-nos para a perceção forte de que longe vão começando a estar os tempos em que ligeiramente (?) se anteviam o “fim do Estado-Nação”, uma globalização irreversível e formas tendencialmente diversas de uma “economia-mundo”. Dá, por isso, que pensar aquela ideia de JNP de que “o que a economia globalizou, a política fragmentou”. Assim como a de que, na sequência do “Brexit” (“o verdadeiro fim da Guerra Fria”), “todos os realinhamentos são agora possíveis”. Retrocessos e variações à parte, a continuidade desafiante de um tema essencial e fascinante...

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