Sondagens são sondagens e a previsibilidade já não é de todo o que era, mas não deixa de ser um facto relevante o de que a candidatura social-democrata de Martin Schulz contra Angela Merkel na Alemanha parece estar a provocar alguns abanões sérios na política local – espantoso o salto do SPD de 21% para 31% nos últimos 15 dias, ultrapassando pela primeira vez desde há muito a CDU (ver gráficos abaixo). É certo que o homem conjuga uma completa ausência de responsabilidades em matéria de política interna com uma significativa notoriedade – quer porque nunca fez parte de qualquer governo quer porque sempre foi membro do Parlamento Europeu durante 23 anos e seu presidente durante 5 – mas, e não obstante, ninguém diria que os seus concidadãos estariam tão sequiosos a ponto de o receberem de braços tão largamente abertos. A ver vamos o que os próximos tempos nos reservam, quer no imediato quer depois até setembro, mas lá que esta é a única boa notícia recente que nos chega de fora, de entre as tantas más que nos têm vindo a atropelar quotidianamente, isso é absolutamente indiscutível – ademais, um dado que transporta consigo um não desprezível potencial de impacto em termos de que possa ainda haver alguma réstia de esperança num futuro europeu...
(construção própria a partir de http://www.wahlrecht.de)
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