(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)
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Começa a fazer-se-me alguma luz no espírito quanto à estratégia política de Alexis Tsipras e ao que tem sido a sua resultante em termos de evolução da situação na Grécia destes anos.
Por um lado, as tensões entre o governo grego e os credores internacionais aumentaram de tom nos últimos meses e voltam a trazer à tona o fantasma do Grexit – com o primeiro a resistir cada vez mais desesperadamente às continuadas exigências de reformas (agora na agenda estão a liberalização dos despedimentos e a redução dos limiares do imposto sobre o rendimento) e aqueles a dividirem-se entre a sustentabilidade da dívida pública do país (no FMI já há quem fale abertamente de uma dívida descontrolada e da necessidade de um seu muito significativo alívio por parte dos parceiros europeus) e fortes ameaças de suspensão do atual “apoio” (Schäuble, designadamente, tem sido claríssimo a diversos e repetitivos títulos, como seja a sua mais recente reafirmação de fazer depender a manutenção da sua condescendência em relação à Grécia de um prolongamento da presença em Atenas de Poul Thomsen e demais polícias, ditos reformadores, do FMI).
Por outro lado, prosseguem em crescendo os sinais de maturação de uma União Europeia em perda e já dificilmente capaz de resistir a um colapso da sua presente configuração e das escolhas que a enformaram. Ou, preferirão dizer os menos pessimistas (em que não me incluo senão em versão voluntarista), começam a emergir alguns sinais de uma alternativa de mudança política que se tende a admitir que traria à Europa outra capacidade de respiração.
De um ou de outro modo, Alexis apostou no fator tempo e pode (?) vir a disso retirar a alta remuneração que sempre é considerada como devida ao elevado risco...
(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)
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