sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

OS RICOS DE ESPANHA

(Carlos Rodríguez Casado, http://www.elmundo.es)

(a partir de http://www.elmundo.es)


Um bom contributo do “El Mundo” para o conhecimento mais pormenorizado da distribuição pessoal e geográfica da grande riqueza espanhola, leia-se das fortunas dos 200 cidadãos do país que são detentores de maior património. Algumas ideias-força a sublinhar: (i) o património acumulado dos 200 ascenderá a um valor superior a 237 mil milhões de euros; (ii) a coisa pode ser futebolisticamente descrita como uma espécie de Amancio Ortega e mais 199 (o fundador da Zara representa isoladamente 28,5% daquele património acumulado e deixa o segundo bilionário espanhol à distância de quase 60 mil milhões de euros!), o que é absolutamente impressionante; (iii) mais de um quarto das grandes fortunas tem sede na Catalunha, embora sejam as 20% associadas a Madrid as que somam um maior valor absoluto; (iv) 80% dos super-ricos de Espanha proveem de apenas 7 regiões (Catalunha, Madrid, País Basco, Galiza, Comunidade Valenciana, Andaluzia e Baleares); (v) a maioria das figuras consideradas correspondem a membros de uma elite económico-empresarial, mas os autores optaram por fazer um esforço no sentido da inclusão de desportistas na lista, tendo a sua escolha recaído tentativamente em Fernando Alonso e Rafael Nadal e não tendo ainda podido ser tidos em conta os promissores resultados da recente investigação jornalística Football Leaks nem os haveres de outros notáveis do desporto (como, em especial, o basquetebolista Marc Gasol).

Abaixo, duas outras indicações eventualmente úteis: a primeira sobre quem são, nominalmente e em concreto, os 20 mais acima da lista, e a segunda sendo particularmente curiosa porque reportada à aqui vizinha Galiza (17 fortunas nas 200 maiores do país e, como já sublinhado, a maior de todas a nível nacional por via de Amancio Ortega, empresário que surge em termos individuais mas que também está presente em termos indiretos – a sua filha mais velha, Sandra, é detentora da segunda maior fortuna, e a sobrinha Dolores consta igualmente da lista). Temos, então, gente do imobiliário (como o corunhense Jove, Loureda, fundador da Sacyr, ou a coproprietária do Grupo Ocaso), dos transportes rodoviários (como Somoza), da marinha mercante (como Cañizares ou Modesto Rodríguez), da distribuição alimentar (como Roberto Tojeiro), da siderurgia (como os Freire Arteta, também com grandes interesses no setor em Portugal, ou Manuel Añon), da têxtil (como os irmãos Domínguez da Textil Lonia e marcas Purificación García e Carolina Herrera), das madeiras (como os García Baliña da Finsa), da cerâmica de construção (como os Campo Saez), da indústria de bebidas (como os Hijos de Rivera ou José Luis Diaz-Varela nos vinhos). Uma interessante diversidade, haveremos de convir.

(a partir de http://www.elmundo.es)

(a partir de http://www.elmundo.es)

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