A semana transata marcou aquilo a que poderíamos chamar de início do fim dos mais graves problemas de dois dos maiores bancos a operar em Portugal. Por um lado, o BCP concluiu com um imprevisível sucesso um aumento de capital que lhe permite devolver ao Estado a última tranche de 700 milhões de obrigações de capital contingente (vulgo Cocos) e consolidar toda uma estratégia – conduzida por aquele que será, hoje por hoje, o mais competente e estruturado dos banqueiros nacionais, Nuno Amado – levando à arrumação da casa debaixo do novo controlo acionista dos chineses da Fosun; por outro lado, o BPI conseguiu também finalizar o difícil e traumático caminho que o foi distanciando de Isabel dos Santos e de Angola em benefício de agora se vir a tornar uma entidade de quase completo domínio catalão (La Caixa), um caminho em que a persistência de Fernando Ulrich, coadjuvado pelo incansável fundador Artur Santos Silva, foi determinante. Longe estamos ainda de uma situação descansada, mas a fotografia de hoje já se distingue bem da que Frankfurt antecipava há um ano atrás...
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