(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
No rescaldo da jornada da primeira mão dos Oitavos da Liga dos Campeões, a irremediável confirmação do fosso que separa a mediana realidade competitiva dos nossos clubes na Europa dos verdadeiros colossos futebolísticos do Continente. É que se o Benfica, mesmo ganhando, levou um verdadeiro banho de bola do Dortmund, o FC Porto esteve aflitivamente pequenino contra a Juventus (30% de posse, 0 remates à baliza e 3 ao todo, 1 canto...). Fazer o quê?
Esta noite, só o castigo aplicado por Allegri ao central Bonucci, assim o afastando do jogo e o remetendo para um isolamento no camarote presidencial do Dragão, não permitiu que Nuno Espírito Santo tivesse acertado em cheio na escalação apresentada pela Juventus. Depois, e quase à meia hora, vieram aqueles dois infelizes minutos que se saldaram com a expulsão de Alex Telles. E, na segunda parte, mais dois minutos fatídicos de desconcentração versus inspiração passaram à história uma merecida derrota do FC Porto com a principal colaboração a vir de soluções vindas do banco (o jovem croata Pjaca, recém-chegado de Zagreb, e o veterano brasileiro Dani Alves) e o contributo majestático de duas das figuras que irão inevitavelmente marcar o próximo futuro do desporto-rei (o bósnio Pjanic, um centro-campista esclarecido e posicional, e o argentino Dybala, um ponta-de-lança móvel e cheio de talento). Incidentes e pretextos descontados e devidamente colocados no seu sítio, até tenho de acabar por admitir sem quaisquer reservas que não custa muito perder assim...
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