terça-feira, 2 de outubro de 2018

CHARLES AZNAVOUR


Hesitei em trazer aqui esta singela referência à morte, aos 94 anos, de Charles Aznavour, o “Frank Sinatra da canção francesa”. Especialmente porque, apreciando-o q.b. pelo seu talento e percurso, não desconheço quanto ele ainda é um ícone da geração que me antecedeu e já menos, muito menos, da minha. Mas rapidamente percebi que tal referência seria incontornável, por duas ordens de razões que estão bem para lá da importância própria do artista: a primeira tem a ver com a visível perceção que me foi dada testemunhar localmente quanto ao modo como ele nunca deixou de recordar, valorizar e apoiar as suas origens arménias (ele que nasceu Shahnour Vaghinagh Aznavourian, filho de emigrantes em Paris); a segunda decorre do facto de se tratar do último daqueles “gigantes” (a despeito do seu metro e sessenta...) que cresci a ouvir, na rádio ou no gira-discos dos meus pais, a desaparecer fisicamente, marcando assim uma espécie inapelável de fim de período. Esta coisa da vida tem mesmo bastante que se lhe diga...

(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)

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