Sim, eu sei que a idade não perdoa e que, quando ela avança a passos firmes, há outros (que até podem ser-nos queridos) que se arrogam o direito de se apoderarem dos nossos cordelinhos para nos imporem agendas que nunca sonhamos patrocinar. Mas Francisco Pinto Balsemão (FPB) tem elevadas responsabilidades perante o País e não pode, ou pelo menos não deve, compactuar com os caminhos desgovernados e populistas que a sua SIC vai trilhando de uma forma cada mais indisfarçada. Chegou esta noite a vez de Manuela Moura Guedes – uma ex-jornalista falhada, básica, inculta, vingativa e de duvidosa honestidade intelectual – passar a deter um tempo de antena prime na estação às Segundas. Esta primeira vez teve por interlocutor um irreconhecível e quase baboso Rodrigo Guedes de Carvalho (que saudades daquele Rodrigo antigo!), acomodado a um lugar onde já mais não pretende do que matraquear palavras sobre temas que são essencialmente indiferentes ao seu imaginado estatuto de estrela que paira diletantemente sobre o povo à hora do jantar e tenta escrever uns romances nas horas vagas. Decerto que FPB não vai estar cá para assistir, como muitos de nós também não, mas é altamente provável que um dia se demonstre, a seu descrédito, que a deriva em curso na SIC esteve para a democracia como o aparecimento do Expresso esteve para a ditadura. Em nome, ainda por cima, de ganhos de audiência mais do que incertos – eu, pelo menos, vou deixar de ver o “Jornal da Noite”!
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