Começou hoje a acontecer, no Congresso da CDU em Hamburgo, a despedida de Angela Merkel da cena política alemã e, por consequência, europeia e mundial. A “Parte 1”, como lhe chama um diário germânico para assim registar que a chanceler ainda ficará como tal por mais algum tempo. Entretanto, já caíram os resultados: após uma primeira votação que qualificou como finalistas a preferida de Merkel, Annegret Kramp-Karrenbauer (habitualmente conhecida por AKK, dada a grandiosidade de um nome quase impronunciável), e um homem de negócios conservador e tido por representante de uma rotura inteligente (Friedrich Merz), aquela venceu de modo tangencial (52%-48%), assim parecendo assegurada alguma continuidade do legado de Merkel no seio de um partido claramente dividido entre permanecer ao centro (com uma “mini-Merkel”) ou guinar à direita (com um “anti-Merkel”). Embora talvez se venha a demonstrar que a disputa fosse algo mais sofisticada do que isso, sobretudo quando daqui para a frente se iniciar realmente o mais relevante e decisivo para todos nós...
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