(Matt Pritchett, http://www.telegraph.co.uk)
Tudo continua em aberto quanto ao desenlace do processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Apesar do acordo selado entre May e Juncker e logo ratificado em Conselho. Apesar da quase desesperada teimosia com que May se agarra aos termos do mesmo. Apesar da resistência de May perante as adversidades diárias que se lhe deparam. Porque, nunca será demais repeti-lo, tudo é mau neste processo, dele nunca podendo portanto resultar nada de bom. Porque toda a sociedade britânica está inapelavelmente dividida, o que se repercute na classe política de modo transversal a todo o espetro partidário. Porque já poucos duvidam de que o melhor seria partirem para um second vote. E porque até May já veio conceder que all Brexit roads will lead to a poorer Brexit – como, aliás, demonstram as mais recentes estimativas oficiais, segundo as quais o impacto negativo a quinze anos em termos de crescimento económico e de comércio externo será, respetivamente, de quase 4% e de 6% com acordo (e seria, aliás, superior a 9% e a 37%, respetivamente, sem acordo). Estamos, entretanto, em contagem decrescente para o próximo grande momento: o do veredito parlamentar de 11 de dezembro.
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