domingo, 23 de dezembro de 2018

E NA GRÉCIA?

(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)

Faz já algum tempo que não deitamos daqui os olhos para a infeliz Grécia (europeisticamente falando, explicito). Pois, o que de lá nos chega é uma recuperação tímida e sequelas enormes de uma crise de grande gravidade e gerida com os pés pelo diretório europeu. Entretanto, arrasados que foram os partidos tradicionais (primeiro o PASOK, depois a Nova Democracia) e com a esperança na democracia nos mínimos, os gregos adotaram uma governação de opostos – o Syriza de extrema-esquerda, liderado pelo misterioso Tsipras (tantos anos passados e ainda não consegui tirar-lhe verdadeiramente a pinta...), estranhamente coligado com um agrupamento populista e nacionalista de direita, os Gregos Independentes (de Pános Kamménos, que se tornou ministro da Defesa) – e assim tem sido. Só que aos poucos foram vindo ao de cima os antagonismos, as dimensões contranatura desta solução e o correspondente desgaste, com as sondagens mais recentes a revelarem a alta probabilidade de um regresso ao poder de uma Nova Democracia que já está mais de dez pontos acima do Syriza. Pessoalmente, confesso que anseio por uma oportunidade para sentir de perto o estado de descosimento em que se encontra aquela tão maltratada sociedade...

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