quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

ELES FALAM, FALAM…


A simpatia pessoal que nutro por Nicolau Santos, um jornalista sénior da nossa praça que desempenhou a contento funções de direção no “Público”, no “Diário Económico” e no “Expresso” e é agora presidente da “Lusa”, não me coíbe de referenciar criticamente a sua pequena crónica da manhã de ontem na “Antena 1”. Um verdadeiro primor no que revelou de ignorância de facto quanto aos procedimentos que definem a atual supervisão bancária na Europa e em Portugal e uma inesperada mas cabal demonstração do que significa “abrir a cloaca” em matéria de comentário, um produto que vai num crescendo de intrusão diária e que, por isso mesmo, bem dispensava a adesão dos mais credíveis aos piores e mais perniciosos níveis. Grave, bastante grave até, que Nicolau Santos se preste preguiçosamente a um papel que não condiz de todo nem com a riqueza do seu currículo nem com a responsabilidade social que dela decorre. E porque não me passa pela cabeça que a sua intervenção possa ser encarada como “um frete” – figura também muito em voga no nosso entorno lusitano – praticado em nome de algo ou de alguém (de Norberto Rosa, da direção do BCP ou de algum “admirador” de Carlos Costa, p.e. e de entre uma grande variedade de hipóteses possíveis), daqui deixo o meu apelo a Nicolau no sentido de que, naqueles três escassos minutos de comunicação a que agora se devota, procure falar do que sabe ou preparar minimamente o conteúdo dos seus recados...

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